Estamos hoje, às portas do desconhecido. Diante
de nós estende-se o ano novo; vamos conquistá-lo a cada dia. Quem poderá dizer
o que teremos pela frente? Que mudanças virão, que novas experiências, que
necessidades?
Mas aqui
está a mensagem de nosso Pai Celeste — mensagem de ânimo, de conforto, de
contentamento: "... os olhos do Senhor vosso Deus estão sobre ela continuamente,
desde o princípio até ao fim do ano."
A Terra está
cheia de montes e vales. Não são só planícies, nem só declives.
Se a vida fosse sempre a mesma, ficaríamos oprimidos com a sua monotonia: nós
precisamos dos montes e dos vales. Os montes recolhem as chuvas para centenas
de vales frutíferos. Assim acontece também conosco: é o monte da dificuldade
que nos eleva ao trono da graça e nos traz de volta com chuvas de bênçãos.
Os montes, esses
montes ásperos da vida, diante dos quais nos espantamos e contra os quais às
vezes murmuramos, eles nos trazem águas. Quantos têm perecido no deserto,
quando poderiam ter vivido e prosperado em terra montanhosa! Quantos teriam
sido abatidos pela neve, açoitados pelos ventos, despojados de suas flores e
frutos, não fosse a proteção dos montes — rijos, duros, ásperos, tão difíceis
de galgar! Sim, os montes de Deus são para o seu povo uma proteção contra os
inimigos.
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